A concepção do MiG-29, tal como o Su-27 Flanker da Sukhoi, iniciou-se em 1969, quando a União Soviética se apercebeu do programa 'FX' da Força Aérea dos Estados Unidos, que iria culminar na produção do F-15 Eagle. Ainda antes do desenvolvimento deste avião, os soviéticos aperceberam-se que os novos caças iriam representar avanços significativos em termos tecnológicos, comparativamente aos caças existentes. O MiG-21 Fishbed mostrava-se até então ágil, segundo os padrões da época, embora o seu tamanho inserisse deficiências no alcance, armamento e potencial de expansão. O MiG-23 Flogger, desenvolvido para equiparar o F-4 Phantom II, era rápido e dispunha de mais espaço para equipamento e combustível, mas a manobralidade e capacidade de combate directo (dog fighting) mostrava-se deficiente. Os soviéticos careciam, assim, de um caça mais equilibrado, concentrando mais agilidade e sistemas sofisticados.
Apesar das suas virtudes aparentes, o MiG-29 não foi tão bem sucedido em combate real. Voou em combate na Guerra do Golfo, sobre a Sérvia, e no conflicto Eritreia-Etiópia em 1999. Pelo menos uma dúzia foram atingidos, sem registo de victórias. Alguns técnicos consideram estes valores reveladores das deficiências do MiG-29, embora seja talvez mais preciso salientar que estas falhas revelam que, na guerra aérea actual, as tácticas, o treino dos pilotos, o armamento, e o sistema técnico envolvido (aviónica, guerra electrónica, AWACS, e abastecimento), devam ser considerados como os elementos cruciais no desempenho, e não as qualidades do próprio avião. No ambiente hostil do Iraque e Sérvia, os EUA tomaram a iniciativa e asseguraram a sua superioridade aérea desde muito cedo, restando poucas hipóteses aos MiG-29s de responder. No entanto, algumas análises de potencial, quando comparados paralelamente, indicam que o MiG-29 pode ser equiparado ao F-15 Eagle.
1 comentários:
Otimo texto e belas imagens desta obra prima!
Quanto ao fraco desempenho do Mig-29 em combates é bem relativo. Na guerra do Golfo em 91 o cenario era favorável a Aliança liderada pelos EUA. Melhores equipamentos, sistemas de armas, Aviões AWACS, enfim, tudo que o Iraque não tinha sem contar a enorme vantagem numérica a favor da Aliança. Ainda nos primeiros dias de conflito os iraquianos tentaram alguma reação, inclusive com um Mig-29, pilotado pelo Cap. khudair Hijab, atingindo um B-52H com um R-27 e um F-111F com um R-60MK. No mesmo conflito um Mig-29 iraquiano derrubou por engano um Mig-23 em fogo amigo.
Na servia os poucos Mig-29 iugoslavos tinham uma péssima disponibilidade de vôo. Muitos decolaram com os radas funcionando parcialmente e ja eram detectados antes mesmo de decolarem, não teriam grandes chances mesmo.
Na Eritreia, os Mig-29 eritreus foram pilotados por nativos enquanto os Su-27 Etiopes por russos. O melhor nível de pilotagem russa fez a diferença!
Parece desculpas, mas o Mig-29 não enfrentou seus rivais em condições identicas, o resultado negativo teria sido o mesmo se invertesse os valores!
http://gustasou.blogspot.com/2009/06/o-rotulo-da-coreia-do-norte.html
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