1 de julho de 2009

O que é P2P?


Peer-to-Peer (do inglês: par-a-par), entre pares, é uma arquitetura de sistemas distribuídos caracterizada pela descentralização das funções na rede, onde cada nodo realiza tanto funções de servidor quanto de cliente.

A demanda por serviços na Internet vem crescendo a uma escala que só pode ser limitada pelo tamanho da população mundial. Um dos objetivos dos sistemas peer-to-peer é permitir o compartilhamento de dados e recursos numa larga escala eliminando qualquer requisito por servidores gerenciados separadamente e a sua infra-estrutura associada. Sistemas peer-to-peer tem o propósito de suportar sistemas e aplicações distribuídas utilizando os recursos computacionais disponíveis em computadores pessoais e estações de trabalho em número crescente. Isso tem se mostrado bastante atrativo, já que a diferença de performance entre desktops e servidores tem diminuído, e as conexões de banda larga têm se proliferado.

Shirky definiu as aplicações P2P como "aplicações que exploram recursos disponíveis nas bordas da Internet - armazenamento, ciclos, conteúdo, presença humana".

Geralmente, uma rede Peer-to-Peer é constituída por computadores ou outros tipos de unidades de processamento que não possuem um papel fixo de cliente ou servidor, pelo contrário, costumam ser considerados de igual nível e assumem o papel de cliente ou de servidor dependendo da transação sendo iniciada ou recebida de um outro par da mesma rede.

Os nós da rede Peer-to-Peer podem diferir em termos de configuração local, capacidade de processamento, capacidade de armazenamento, largura de banda, entre outras características particulares. O primeiro uso da expressão Peer-to-Peer foi em 1984, com o desenvolvimento do projeto Advanced Peer-to-Peer Networking Architecture na IBM.

História

O P2P é o resultado da tendência natural do desenvolvimento de engenharia de software com a disponibilidade de tecnologia para a criação de redes maiores.

A tendência das últimas décadas tem crescido com a necessidade das aplicações empresariais, o que resultou na substituição dos sistemas monolíticos por sistemas distribuídos. As redes informáticas começaram a crescer, tornando-se cada vez maiores e mais poderosas, os utilizadores começaram a cada vez ser mais, a banda larga tornou-se cada vez mais barata e poderosa, sendo fácil de aceder. Neste campo houve a necessidade de ter a disponibilidade de pontos interligados, e quantos mais recursos houvesse, mais poderosa se tornava essa rede. A Internet foi um claro exemplo e uma explosão de utilizadores.

Enquanto as redes cresciam, as aplicações P2P desenvolveram-se e a sociedade interessava-se pelo P2P. Aplicações como o Napster, Gnutella e Kazaa ficaram famosos, porque estas colocaram um subconjunto da tecnologia P2P que estava ao alcance de milhares de utilizadores.

Na verdade o P2P surgiu da tecnologia básica que utilizaram nos tempos da USENET e da FidoNet. Eram duas redes totalmente descentralizadas, e sistemas como o DNS.

No inicio eram trabalhos que dois estudantes tinham na licenciatura. Não existia muita informação sobre a partilha, nem Internet como hoje em dia. Os arquivos eram trocados em batch nas linhas telefónicas., porque os computadores eram ligados por cabos coaxiais, não tendo muito mais que 10 computadores em cada rede, ligando-se por um terminador, passando virtualmente por cada nó. No entanto em 1979, como não havia maneira de centralizar, a USENET, era totalmente descentralizada sendo o criador Jim Ellis. (Será explicado mais á frente o que é). A FidoNet também era descentralizada, mas servia para troca de mensagens. Esta aplicação foi criada em 1984 por Tom Jennings para trocar mensagens de sistemas (BBS) diferentes.

O DNS tornou-se uma necessidade, porque em 1983 já existiam milhões de hosts na Internet. Na altura a forma de navegar na Internet era através de um ficheiro.txt, nomeado de hosts.txt. O nome “cin” era associado um determinado ip do ficheiro hosts.txt. Como a Internet cresceu, este sistema tornou-se impossível e foi então que surgiu o DNS.

O conceito de DNS é comparado às aplicações de ficheiros actuais.

Mas foi na década de 90 que as redes P2P apareceram com toda a força, quando aplicações como o Napster e o Gnutella foram desenvolvidas. Cada nó neste tipo de rede é conhecido como peer, e pode servir com os mesmos direitos de cada peer da rede, serve tanto de cliente como de servidor. Os recursos e as informações passaram a ser disponibilizados de forma mundial. Estas redes tinham características, que quantos mais peers existissem mais escabilidade e mais autonomia tinham, e a rede tornava-se mais eficiente e mais rica em recursos com a comunicação directa que os peers tinham.

Fonte

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